sexta-feira, 29 de junho de 2018

A Flor da Vida


“Os minerais do meu corpo não foram criados ou gerados no útero de minha mãe, mas eles estão entre os minerais que presidiram à constituição do mundo.”
Jorge Ponciano Ribeiro

C:\Users\User\Desktop\Flor da vida.jpgA Flor da Vida foi encontrada em um templo antigo, em Osirís no Egito. Além desse local, também foi encontrada na Irlanda, Turquia, Inglaterra e em outros países. Em todos eles, ela é conhecida como Flor da Vida. Recebe esse nome não apenas por se parecer com uma flor, mas por representar o ciclo de uma árvore frutífera. Em geral, as árvores passam por um ciclo para gerar o que é conhecido como fruto - inicialmente são flores, tornando-se frutos, seguindo o seu desenvolvimento.
Além de ser semelhante ao ciclo destas árvores, diversos outros símbolos e significados foram encontrados. Consideraram-na como um símbolo de tudo que existe dentro do universo. Mas, o qual a relação de tal símbolo místico com a psicologia? A resposta está na noção de totalidade. Na flor há ligação entre todos os círculos. É como se ela mudasse toda sua configuração, caso um dos círculos fosse retirado.
E, nesse sentido, também se encontram todos os seres existentes, inclusive os seres humanos, com todas as suas vivências emocionais e físicas. Não podemos ser diferenciados das situações em que vivenciamos “dentro” de nós, ou daquilo que está ao nosso redor. O ser humano deve ser compreendido como biopsicossocial, somos criadores e criaturas que estão ativas no processo de transformação do planeta terra e, por conseguinte, do universo.
Sendo assim, somos seres holísticos. Estamos envoltos em totalidades, em estruturas que têm significados diferentes da simples soma das partes. Não existimos no mundo por apenas nós mesmos, mas sim pois estamos inseridos em um meio que é de determinada forma.
Assim como uma árvore frutífera não pode ser considerada apenas pela flor que gera o fruto, o homem também não pode ser considerado apenas por um aspecto de sua existência. Na psicoterapia, o homem não é apenas seu sintoma. Ele está cercado de outros fatores, assim como está envolvido com estes, seja no aspecto emocional ou físico. Este ser humano que está ali se apresenta como uma flor da vida – conectado e sendo parte de um desenho maior, onde tudo está unido e se, um pedaço for retirado, o todo irá se modificar, transformando-se em algo novo e totalmente diferente.
Somos partes em intrarrelação que estão harmoniosamente conectadas.  Como afirma Ribeiro (2009)“Nada no Universo é independente, fruto de si mesmo, ou se mantém por si mesmo.” Portanto, o ser humano como se apresenta não pode ser dividido em partes, mas sim, visto e considerado como uma totalidade sempre em funcionamento e constante atualização.

Referências

LIMA, P. V. de A. (TICHA). A Gestalt-terapia holística, organísmica e ecológica. In: L.M. Frazão & K.O. Fukumitsu (Org.), Gestalt-terapia - Fundamentos Epistemológicos e Influências Filosóficas. São Paulo: Summus Editorial, 2013.

MELCHIZEDEK, D. O antigo segredo da Flor da Vida, Volume 1. Pensamento, 2009.

RIBEIRO, J. P. Holismo, Ecologia e Espiritualidade: caminhos de uma gestalt plena. Summus, 2009.

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