terça-feira, 14 de agosto de 2018

Importância da Avaliação Psicológica


Caixeta e Silva, (2014) afirmam que não se faz psicologia sem avaliação psicológica. Segundo os autores esta é uma prática em todas as áreas da psicologia e está presente em seus diferentes contextos, respeitando as especificidades de cada área e de cada caso.
Atualmente a avaliação psicológica é de suma importância para que se possa identificar em qual estágio de desenvolvimento a criança/ adolescente se encontra, além de suas potencialidades, dificuldades e as possíveis causas relacionada a demanda que apresenta.
Os recursos utilizados para a efetivação de um processo de avaliação são baseados em entrevista com familiares e testes psicológicos validados pelo Conselho Federal de Psicologia – CFP, que serão encontrados na lista do Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos – SATEPSI.
Uma boa avaliação psicológica se constitui na cooperação pelo diagnóstico, prognóstico e intervenção, conseguindo assim dar sustentação para o tratamento correto das dificuldades apresentadas. Cabe ao psicólogo analisar os resultados obtidos com a finalidade de verificar se os dados adquiridos são seguros e suficientes para a tomada de decisão nos vários contextos de atuação do psicólogo diz a Cartilha de Avaliação Psicológica (2013).
O resultado de uma avaliação psicológica consegue auxiliar profissionais que trabalham diretamente com a criança/ adolescente avaliado, sendo eles: o psicólogo, o professor, o fonoaudiólogo e neurologista, bem como outros profissionais, a fim de que consigam definir através da avaliação psicológica um plano de desenvolvimento para essa criança/ adolescente.

Referências:

CAIXETA, Luís Vicente; SILVA, Ivone Imaculada Conceição. Avaliação psicológica: possibilidades e desafios atuais. Centro Universitário de Patos de Minas. Perquirere, 2014.

Conselho Federal de Psicologia: Cartilha de avaliação psicológica. 1ª edição, Brasília-DF 2013.

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Como funciona o início da psicoterapia?



De acordo com Marmo (2012) iniciar um processo de terapia não é para muitos indivíduos uma tarefa fácil. É necessário dar-se conta que há uma dificuldade e que não se consegue resolvê-la sozinho. Assim, quando algum problema surge ou perdura na vida, a possibilidade de fazer terapia surge.
O psicólogo faz o uso da empatia para compreender a dor do outro. O autor Silveira (2012) fala que as principais características desses primeiros encontros com o psicólogo envolvem a formação de vínculo, o cuidado ético, a motivação do cliente para o tratamento, a retirada de dúvidas e o acolhimento. Todas essas coisas produzem conforto, alívio e esperança para quem procura o atendimento.
Uma das principais características da terapia segundo a autora Del Prette (2015) é a audiência não punitiva, onde o cliente pode revelar seus pensamentos e sentimentos sem ser julgado. Assim, o psicólogo não emite juízo de valor, mas busca junto com o cliente refletir e encontrar as respostas que procura.
O início da psicoterapia pode ser desafiador, porém, nos permite a partilha de dificuldades num ambiente seguro, sem julgamentos e com possibilidades terapêuticas. E os resultados? Além dos próprios objetivos terapêuticos, a busca por mais saúde e qualidade de vida.


Referências:

DEL PRETTE, Giovana. O que é psicoterapia analítico-funcional e como ela é aplicada? In: LUCENA-SANTOS, Paola; PINTO-GOUVEIA, José; OLIVEIRA, Margareth da Silva (Org). Terapias comportamentais de terceira geração: guia para profissionais. Novo Hamburgo: Sinopsys, 2015. Cap. 11.


MARMO, Alda. A que eventos o clínico analítico-comportamental deve estar atento nos encontros iniciais? In: BORGES, Nicodemos Batista; CASSAS, Fernando Albregard; et al. Clínica analítico-comportamental: aspectos teóricos e práticos. Porto Alegre: Artmed, 2012. Cap. 12.

SILVEIRA, Jocelaine Martins da. A apresentação do clínico, o contrato terapêutico e a estrutura dos encontros iniciais na clínica analítico comportamental. In: BORGES, Nicodemos Batista; CASSAS, Fernando Albregard; et al. Clínica analítico-comportamental: aspectos teóricos e práticos. Porto Alegre: Artmed, 2012. Cap. 11.

sexta-feira, 29 de junho de 2018

A Flor da Vida


“Os minerais do meu corpo não foram criados ou gerados no útero de minha mãe, mas eles estão entre os minerais que presidiram à constituição do mundo.”
Jorge Ponciano Ribeiro

C:\Users\User\Desktop\Flor da vida.jpgA Flor da Vida foi encontrada em um templo antigo, em Osirís no Egito. Além desse local, também foi encontrada na Irlanda, Turquia, Inglaterra e em outros países. Em todos eles, ela é conhecida como Flor da Vida. Recebe esse nome não apenas por se parecer com uma flor, mas por representar o ciclo de uma árvore frutífera. Em geral, as árvores passam por um ciclo para gerar o que é conhecido como fruto - inicialmente são flores, tornando-se frutos, seguindo o seu desenvolvimento.
Além de ser semelhante ao ciclo destas árvores, diversos outros símbolos e significados foram encontrados. Consideraram-na como um símbolo de tudo que existe dentro do universo. Mas, o qual a relação de tal símbolo místico com a psicologia? A resposta está na noção de totalidade. Na flor há ligação entre todos os círculos. É como se ela mudasse toda sua configuração, caso um dos círculos fosse retirado.
E, nesse sentido, também se encontram todos os seres existentes, inclusive os seres humanos, com todas as suas vivências emocionais e físicas. Não podemos ser diferenciados das situações em que vivenciamos “dentro” de nós, ou daquilo que está ao nosso redor. O ser humano deve ser compreendido como biopsicossocial, somos criadores e criaturas que estão ativas no processo de transformação do planeta terra e, por conseguinte, do universo.
Sendo assim, somos seres holísticos. Estamos envoltos em totalidades, em estruturas que têm significados diferentes da simples soma das partes. Não existimos no mundo por apenas nós mesmos, mas sim pois estamos inseridos em um meio que é de determinada forma.
Assim como uma árvore frutífera não pode ser considerada apenas pela flor que gera o fruto, o homem também não pode ser considerado apenas por um aspecto de sua existência. Na psicoterapia, o homem não é apenas seu sintoma. Ele está cercado de outros fatores, assim como está envolvido com estes, seja no aspecto emocional ou físico. Este ser humano que está ali se apresenta como uma flor da vida – conectado e sendo parte de um desenho maior, onde tudo está unido e se, um pedaço for retirado, o todo irá se modificar, transformando-se em algo novo e totalmente diferente.
Somos partes em intrarrelação que estão harmoniosamente conectadas.  Como afirma Ribeiro (2009)“Nada no Universo é independente, fruto de si mesmo, ou se mantém por si mesmo.” Portanto, o ser humano como se apresenta não pode ser dividido em partes, mas sim, visto e considerado como uma totalidade sempre em funcionamento e constante atualização.

Referências

LIMA, P. V. de A. (TICHA). A Gestalt-terapia holística, organísmica e ecológica. In: L.M. Frazão & K.O. Fukumitsu (Org.), Gestalt-terapia - Fundamentos Epistemológicos e Influências Filosóficas. São Paulo: Summus Editorial, 2013.

MELCHIZEDEK, D. O antigo segredo da Flor da Vida, Volume 1. Pensamento, 2009.

RIBEIRO, J. P. Holismo, Ecologia e Espiritualidade: caminhos de uma gestalt plena. Summus, 2009.

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Girassol...

Girassol ou gira – sol é uma planta conhecida por acompanhar o movimento solar. Pela manhã, ela permanece virada para o leste, na direção do nascer do sol. Ao passar do dia, ele se movimenta para o oeste, acompanhando a estrela central do sistema solar.  Então, ao anoitecer a flor volta a se movimentar para o leste.
E porque essa flor, tão bela e forte, repete esse movimento dia após dia? Pois assim ela consegue seu crescimento mais saudável. Além disso, sua flor fica mais atraente pela manhã, por estar aquecida, atraindo mais insetos para a polinização.
Essa planta se assemelha muito ao crescimento e desenvolvimento humano. Cada indivíduo inserido em seu ambiente tende a movimentar-se da forma que lhe é possível. Algumas vezes, não consegue encontrar a “luz do sol” a sua volta, entretanto nunca deixa de procurá-la. É a tendência do ser humano de, mesmo em meio as dificuldades, ser resiliente.

Sem luz não há crescimento para o girassol. Sem a resiliência não há crescimento para os homens. É ela quem permite que os humanos continuem se modificando e desenvolvendo. Procurar o sol significa buscar pela vida, saúde e alegria, inspirando assim o nome ao nosso espaço terapêutico.

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Por que ir ao psicólogo é diferente de ir ao médico?

Quando se trata de saúde mental muitos tabus e preconceitos ainda continuam presentes. Mas porque cuidar das nossas emoções, sentimentos e relacionamentos é diferente de cuidar de outras partes do nosso corpo que muitas vezes necessitam atenção?
O autor Cândido et al. (2012) cita que são necessários debates permanentes sobre a saúde mental, buscando reduzir o preconceito que ainda existe aos indivíduos que possuem sofrimento psíquico. Para tal, são necessárias mudanças culturais voltadas a saúde mental, modificando paradigmas e estigmas existente sobre o tema.
Além disso, Saban (2015) cita que somos ensinados culturalmente a nos sentirmos bem e evitarmos nos sentirmos mal. Assim, quando passamos por uma situação difícil temos sensações e sentimentos de mal-estar, raiva, irritação, desgosto, tristeza, desânimo e outros que tendemos a evitar. 
O processo de terapia nos leva muitas vezes a conversar e olhar a esses sentimentos e vivências que são difíceis. Apesar disso, a psicologia como ciência apresente instrumentos para ajudar a compreender e lidar com os fenômenos psicológicos. Segundo Bock, Furtado e Teixeira (2009) a psicologia é uma profissão regulamentada que detém o uso de métodos e técnicas psicológicas para fins de diagnóstico, orientação e seleção profissional, orientação psicopedagógica e promoção de saúde.
Assim, buscar um psicólogo representa a busca por um profissional apto a trabalhar as vivências humanas que possui seu trabalho fundamentado em uma ciência, assim como os médicos, fisioterapeutas, dentistas - cada um com sua especialidade.

Referências:

BOCK, Ana M. B.; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de L. T. Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. São Paulo: Saraiva, 2009.
CANDIDO, Maria Rosilene et al. Conceitos e preconceitos sobre transtornos mentais: um debate necessário. SMAD, Rev. Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog. (Ed. port.), Ribeirão Preto, v. 8, n. 3, p. 110-117, 2012.
SABAN, Michaele Terena. O que é a terapia de aceitação e compromisso? In: LUCENA-SANTOS, Paola; PINTO-GOUVEIA, José; OLIVEIRA, Margareth da Silva (Org). Terapias comportamentais de terceira geração: guia para profissionais. Novo Hamburgo: Sinopsys, 2015. Cap. 7.

Importância da Avaliação Psicológica

Caixeta e Silva, (2014) afirmam que não se faz psicologia sem avaliação psicológica. Segundo os autores esta é uma prática em todas as...